O TRISTE RETRATO DA POBREZA NO MARANHÃO




 O Brasil vive uma das suas piores crises. O reflexo disso é que 54,8 milhões de brasileiros vivem na pobreza, segundo o relatório ‘Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que essas pessoas vivem com renda per capita de até R$ 406 por mês.

O estado com a maior proporção de pessoas em situação de pobreza é o Maranhão, onde 54,1% da população vive com até R$ 406 por mês. Em seguida, vem Alagoas, com 49,8% da população em situação de pobreza.

O Maranhão também foi a Unidade da Federação que apresentou o menor rendimento médio (R$ 1 170,00).

Os estados com menor proporção de pessoas na pobreza são Santa Catarina (8,5%) e Rio Grande do Sul (13,5%).

O Nordeste foi a região com maior percentual de pessoas em situação de pobreza (44,8%), ao passo que esta proporção foi de 12,8% no Sul.

Na Região Sudeste, por sua vez, houve aumento de 1,3 ponto percentual, passando de 16,1% para 17,4% da população.

Um dos grupos mais vulneráveis à pobreza, no Brasil, é o das pessoas que moram em domicílios formados por arranjos cujo responsável é mulher sem cônjuge com filhos de até 14 anos de idade (56,9%), e se o responsável desse tipo de domicílio (monoparental com filhos) é mulher preta ou parda, a incidência de pobreza sobe ainda mais, a 64,4%.

A pobreza também atinge mais as crianças e adolescentes de até 14 anos de idade (43,4%) e homens e mulheres pretos ou pardos.

Segundo o estudo, seria necessário investir R$ 10,2 bilhões por mês na economia para que a pobreza fosse erradicada. Além da opção de investimento na economia, o estudo também diz que a outra alternativa seria garantir R$ 187 por mês a mais, em média, na renda de cada pessoa que está em situação de pobreza.

Extrema pobreza

O relatório  mostrou também que, entre 2016 e 2017, aumentou o percentual de pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 1,90 por dia (ou cerca de R$ 140,00 mensais, em valores de 2017), o que caracteriza extrema pobreza.

No país, em 2016 havia 6,6% da população abaixo desta linha, valor que chegou a 7,4% em 2017. Isso corresponde a 15 milhões de pessoas que sobrevivem com cerca de R$ 140 reais por mês.

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